Embora o Livro de Oração Comum (LOC) seja um dos maiores tesouros litúrgicos da tradição anglicana, refletindo séculos de fé, oração e adoração, nossa diocese opta por não utilizá-lo obrigatoriamente em nossos cultos. Os motivos serão explicados a seguir.
Culto Sob a Direção do Espírito Santo
Como carismáticos, acreditamos que o Espírito Santo guia cada momento de adoração, ensino e intercessão de forma viva e atual. Embora apreciemos a estrutura e a profundidade das liturgias tradicionais, buscamos um formato de culto que seja mais aberto e com uma adoração espontânea.
Essa abordagem nos leva a uma adoração que, embora respeite uma ordem, não é engessada. Damos espaço para que o Espírito Santo conduza o culto de maneira única a cada encontro, respondendo às necessidades da congregação naquele momento. Assim, embora possamos ter um esboço básico, ele serve mais como um ponto de partida do que como uma regra fixa.
A Estrutura do Culto: Ordem com Liberdade
Nossa estrutura de culto, embora simples, reflete a reverência a Deus e a ordem que devem caracterizar o corpo de Cristo. Normalmente, ela inclui:
Adoração, Chamado ao Arrependimento, Leitura da Palavra, Ministração da Palavra, Intercessão e Ministério e Ofertório.
A Unidade na Diversidade
A riqueza do cristianismo está na diversidade de suas expressões, e somos gratos por poder adorar a Deus de maneira que reflita nosso chamado. Assim como muitos irmãos em Cristo encontram força e comunhão no uso do Livro de Oração Comum, encontramos o mesmo em um culto carismático, vivo e dirigido pelo Espírito.
Nosso culto, então, é uma celebração da liberdade que temos em Cristo e da presença contínua do Espírito Santo entre nós. Mantemos a ordem sem sufocar a liberdade e buscamos seguir a direção divina em tudo que fazemos. Afinal, a verdadeira adoração não está na forma, mas no coração que busca adorar ao Pai em espírito e em verdade.
Dom Caldas
Bispo Diocesano
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