“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, que dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem; e tudo quanto fizer prosperará.” (Salmo 1:1-3)
Esses primeiros versículos do Salmo 1 nos conduzem a um retrato vivo da vida abençoada e frutífera. Nós somos chamados a uma caminhada espiritual que rejeita os caminhos do mundo e se alicerça na Palavra de Deus. O salmista nos apresenta duas realidades opostas: a vida dos que andam com Deus e a vida dos que seguem os conselhos ímpios.
Aqueles que se deleitam na lei do Senhor são comparados a árvores plantadas junto a ribeiros de águas. Essa imagem poderosa nos ensina que, quando mergulhamos na Palavra de Deus, encontramos sustento e vigor espiritual. John Stott, teólogo anglicano, afirmou: “A meditação na Palavra não é apenas um hábito, mas uma comunhão com o Deus que fala.” Quando meditamos na lei do Senhor, dia e noite, somos nutridos e fortalecidos, mesmo em tempos de adversidade.
Nós somos essas árvores, chamadas a produzir frutos na estação própria. A prosperidade mencionada no salmo é um reflexo de uma vida que cumpre os propósitos de Deus. Nossas folhas, sustentadas pelas águas vivas, não murcham, pois somos continuamente renovados pelo Espírito Santo.
O Salmo 1 nos desafia a escolher diariamente onde plantamos nossas raízes. Que possamos rejeitar os conselhos dos ímpios e abraçar o caminho da vida, encontrando na Palavra de Deus o prazer e a força que nos tornam árvores firmes e frutíferas.
Dom Caldas
Bispo Diocesano